sábado, 30 de abril de 2011

Estreitas Razões

Percorrendo estes estreitos trilhos
Pelo deserto sem horizonte no panorama,
Seco de querer ser quem sou
Seco da imaginação requerida pela vontade
Seco de esperar pelo tempo que não vai existir
Seco da esperança abandonada pela viagem
Encharcado por lágrimas de arrependimento,
Pela minha própria mácula.
Tamanha irracionalidade inconsciente
Jamais escapará compreendida
Pelos próprios autores,
Desertores do inerente afecto,
Afectado pela alucinação transcendente.
Acerca da razão estar certa,
Nada posso negar,
Pela sua coerência
O mais certo seria falhar.
São certezas incompatíveis com realidade
De fraca longevidade,
Entranhadas e destinadas a ninguém,
E ninguém as agarrou.
Elas, sim são elas,
Que fazem pensar
Na tal maneira do observador
As conseguir ofuscar.
Tantas e tantas…
Mas apenas meras chegarão à fonte,
Munidas de factos profundamente encarnados
Em suas resilientes formas.

24/12/2010

1 comentário:

  1. Um belissimo poema. A etiqueta nao deveria ser POEMAS em vez de TIPO POEMAS? porque tu escreves muito bem estes significativos poemas.

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