Vivemos numa sociedade cada vez mais individualista, num mundo que ao pararmos podemos condenar-nos à nossa própria "morte". "Cada um por si", uma regra que tem vindo a ser gradativamente adotada pela sociedade, onde cada um tem de lutar apenas por si próprio contra todos os outros, que são também obrigados a discutir espaços onde não exuberam lugares para todos. Um mundo competitivo então, onde não há lugar para histórias da carochinha, onde os finais felizes ficam reservados para a fantasia de Hollywood e onde meia dúzia de tostões compram meia dúzia de verdades e uma dúzia de mentiras.
Nesta sociedade globalizada, a solidão é temida por uns, desejada por outros e ainda um abismo onde muitos caíram. Pois para uns ela é apenas o estado de estar sozinho, sem ninguém para ter uma simples conversa, sem ninguém para desafogar as mágoas, sem ninguém para o amparar quando mais precisa; para outros é o descanso entre momentos, entre cada dia, é a oportunidade para meditar e refletir sobre si próprio, com o objetivo de também encontrar o ponto de equilíbrio entre si e tudo o que o abrange; para tantos outros é o seu dia a dia, a sua forma de vida não escolhida por eles, mas também onde se ocultam do mundo, provavelmente porque este não lhes transmitiu o que desejavam.
A solidão não tem necessariamente de ser vazia, pois ela pode mesmo ter a capacidade de preencher um espaço onde mais nada conviria. A solidão pode ser definida em variadíssimos termos, mas tudo depende de quem a vê, de quem a sente e, de quem a tem.
OLá NUno
ResponderEliminarGostei do espaço... e do texto. Muito :)
Abraço, NUno :)
Obrigado Daniel, é muito gratificante quando elogiam o que mais gostamos de fazer.
EliminarGrande abraço =)